Nesse tempinho chuvoso, uma das primeiras coisas que se vem
em mente, quando se pensa em saúde, são as viroses e o que devemos fazer para
cuidar não só do nosso bem estar, como também dos nossos pets. Um dos temas que
mais desperta curiosidade hoje em dia provavelmente é a questão da vacinação,
até porque sempre foi um dos serviços mais procurados pelos proprietários
dentro do mercado veterinário. As dúvidas em torno das vacinas são inúmeras,
mas algumas das perguntas mais comuns e que vamos tentar esclarecer aqui seriam:
"Com que idade devemos iniciar as vacinas?", "Quais as
principais vacinas?" e "Qual protocolo usar?".
No caso dos nossos amigos felinos o ideal é que a primeira vacinação (vacina múltipla ou
polivalente) seja feita em torno de 45 a 60 dias de vida do animal, ou seja 6 a
8 semanas de vida, porém deve-se levar em consideração os fatores intrínsecos
(estado imune do animal) e extrínsecos (nível de desafio ambiental). Já a
antirrábica ou vacina contra raiva, deve ser aplicada mais ou menos no quarto
mês de vida, ou seja com 16 semanas.
Outro ponto muito importante a ser mencionado além desses
fatores intrínsecos e extrínsecos, são as reações associadas ao uso das vacinas,
que podem ser divididas em locais e sistêmicas. As principais reações vacinais seriam: erros na
fabricação ou administração, toxicidade "normal" (febre, mal-estar,
inflamação e dor) e resposta inapropriada (reações alérgicas, neurológicas e
estranhas no corpo do animal).
A AAHA - American Animal Hospital Association (2006)
recomenda intervalos mais longos entre as vacinações, dividindo as vacinas em
essenciais e opcionais. As essenciais seriam: parvovírus (panleucopenia),
herpesvírus (rinotraqueíte) e calicivírus (calicivirose), que consistem na
famosa vacina tríplice. Já um exemplo de opcional seria contra a clamidiose
felina, que é mais recomendada para animais em colônias ou que convivam com
pessoas imunossuprimidas.
Além da tríplice, temos a vacina quádrupla que imuniza
também contra clamidiose e a quíntupla que inclui a leucemia felina (FeLV),
porém vale ressaltar que o filhote deve ser testado para FIV e FeLV antes da
vacinação. Outro ponto bastante relevante quando se trata de felinos é
que vacinas com adjuvantes devem ser evitadas, pois podem levar a formação de
sarcomas!
Leia mais sobre, acessando o link: http://patasepatas.blogspot.com.br/2011/04/vacinacao-em-felinos-causa-de-sarcoma.html
Os protocolos utilizados vão sempre depender do próprio
paciente e somente o médico veterinário responsável pelo mesmo pode escolher
que protocolo utilizar. Pelo menos 2 doses de vacina polivalente devem ser
feitas, assim como existem protocolos que utilizam as 3 doses, com tanto que o intervalo
entre as vacinas não seja inferior a 15 dias. Já a antirrábica é utilizada em
dose única, juntamente com a última dose da polivalente ou sozinha. Todas tendo reforço anual!
FONTE: http://www.webanimal.com.br/gato/index2.asp?menu=vacinacao_esquemagato.htm |
FONTE: Rezende, 2012 |
OBS: Vacinação não é sinônimo de imunização, mesmo um
produto adequado não é capaz de imunizar 100% dos indivíduos de uma população.
Algumas das causas de falhas vacinais seriam: fatores ligados ao hospedeiro
(desnutrição, idade, gestação), fatores ligados às vacinas (armazenamento, cepa
inadequada) e erros humanos (intervalos de vacinação, via de administração).
Dessa forma, podemos concluir que apesar de um procedimento
aparentemente simples, a vacinação deve ser encarada pelos veterinários como um
procedimento que requer conhecimento e habilidade. Não existe um protocolo
geral de vacinação "ideal", mas o mesmo deve ser adaptado para cada
tipo de paciente. As reações pós-vacinais dever ser avaliadas e os riscos e
benefícios ponderados. O importante mesmo é nunca deixar de cuidar do seu companheiro, por isso VACINE!
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