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domingo, 31 de janeiro de 2016

Vacinação



Nesse tempinho chuvoso, uma das primeiras coisas que se vem em mente, quando se pensa em saúde, são as viroses e o que devemos fazer para cuidar não só do nosso bem estar, como também dos nossos pets. Um dos temas que mais desperta curiosidade hoje em dia provavelmente é a questão da vacinação, até porque sempre foi um dos serviços mais procurados pelos proprietários dentro do mercado veterinário. As dúvidas em torno das vacinas são inúmeras, mas algumas das perguntas mais comuns e que vamos tentar esclarecer aqui seriam: "Com que idade devemos iniciar as vacinas?", "Quais as principais vacinas?" e "Qual protocolo usar?".

No caso dos nossos amigos felinos o ideal é que a primeira vacinação (vacina múltipla ou polivalente) seja feita em torno de 45 a 60 dias de vida do animal, ou seja 6 a 8 semanas de vida, porém deve-se levar em consideração os fatores intrínsecos (estado imune do animal) e extrínsecos (nível de desafio ambiental). Já a antirrábica ou vacina contra raiva, deve ser aplicada mais ou menos no quarto mês de vida, ou seja com 16 semanas.

Outro ponto muito importante a ser mencionado além desses fatores intrínsecos e extrínsecos, são as reações associadas ao uso das vacinas, que podem ser divididas em locais e sistêmicas. As principais reações vacinais seriam: erros na fabricação ou administração, toxicidade "normal" (febre, mal-estar, inflamação e dor) e resposta inapropriada (reações alérgicas, neurológicas e estranhas no corpo do animal).



A AAHA - American Animal Hospital Association (2006) recomenda intervalos mais longos entre as vacinações, dividindo as vacinas em essenciais e opcionais. As essenciais seriam: parvovírus (panleucopenia), herpesvírus (rinotraqueíte) e calicivírus (calicivirose), que consistem na famosa vacina tríplice. Já um exemplo de opcional seria contra a clamidiose felina, que é mais recomendada para animais em colônias ou que convivam com pessoas imunossuprimidas.

Além da tríplice, temos a vacina quádrupla que imuniza também contra clamidiose e a quíntupla que inclui a leucemia felina (FeLV), porém vale ressaltar que o filhote deve ser testado para FIV e FeLV antes da vacinação. Outro ponto bastante relevante quando se trata de felinos é que vacinas com adjuvantes devem ser evitadas, pois podem levar a formação de sarcomas!

Os protocolos utilizados vão sempre depender do próprio paciente e somente o médico veterinário responsável pelo mesmo pode escolher que protocolo utilizar. Pelo menos 2 doses de vacina polivalente devem ser feitas, assim como existem protocolos que utilizam as 3 doses, com tanto que o intervalo entre as vacinas não seja inferior a 15 dias. Já a antirrábica é utilizada em dose única, juntamente com a última dose da polivalente ou sozinha. Todas tendo reforço anual!

FONTE: http://www.webanimal.com.br/gato/index2.asp?menu=vacinacao_esquemagato.htm
FONTE: Rezende, 2012


OBS: Vacinação não é sinônimo de imunização, mesmo um produto adequado não é capaz de imunizar 100% dos indivíduos de uma população. Algumas das causas de falhas vacinais seriam: fatores ligados ao hospedeiro (desnutrição, idade, gestação), fatores ligados às vacinas (armazenamento, cepa inadequada) e erros humanos (intervalos de vacinação, via de administração).

Dessa forma, podemos concluir que apesar de um procedimento aparentemente simples, a vacinação deve ser encarada pelos veterinários como um procedimento que requer conhecimento e habilidade. Não existe um protocolo geral de vacinação "ideal", mas o mesmo deve ser adaptado para cada tipo de paciente. As reações pós-vacinais dever ser avaliadas e os riscos e benefícios ponderados. O importante mesmo é nunca deixar de cuidar do seu companheiro, por isso VACINE!

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