Os critérios de escolha:
Viver com um gato é uma decisão que não se toma
levianamente. Coloque-se, de início, com honestidade, algumas questões: você se
sente capaz de compreendê-lo e amá-lo, de se ocupar dele no cotidiano, de assumir
todas as suas responsabilidades como dono? Em caso afirmativo, saiba também que
você assume o compromisso por longos anos de vida em comum.
Um gato de raça? Compra ou adoção?
A raça é questão de gosto. Mas não esqueça que, além de um
preço elevado, certas raças exigem cuidados e ambientes particulares. Talvez
você dê mais importância à personalidade do que o aspecto físico, então
apreciará, por exemplo, a natureza expansiva dos siameses, mas existem hoje
cerca de 60 raças correntes para se escolher. Você pode realizar a compra em um
local especializado, um criador amador ou um clube felino, seguindo os
conselhos de um veterinário.
Os gatos abandonados e sem raça definida (SRD) também podem ser
ótimos companheiros, brincalhões e eternamente gratos por terem sido adotados.
Convém adotá-los de alguma ONG ou entidade protetora que tenha dado os
primeiros cuidados. Nada o impede de adotar um gato de rua depois de se
assegurar de que não se trata de um animal perdido e de ter efetuado um exame
veterinário.
Gato ou gata?
Contrariamente a uma ideia bastante difundida, os machos
são, com frequência, mais afetuosos do que as fêmeas. Apesar dos cios às vezes
ruidosos, uma fêmea inteira (ou não castrada) se mostra de convivência mais
fácil do que um macho não castrado, fujão e briguento, que deposita por toda
parte marcas de urina malcheirosa. Se você não deseja ver seu gato se
reproduzir, é altamente aconselhado castrá-lo, sobretudo se ele mora na cidade.
Além disso, gatos e gatas castrados geralmente apresentam um comportamento
livre de agressividade.
Atenção! Na hora da compra ou adoção não confunda macho por
fêmea e vice-versa. Na fêmea, o ânus e o orifício genital são muito mais
próximos do que no macho, mas esse detalhe não se percebe à primeira vista.
Na fêmea (à esquerda), o ânus e o orifício genital são mais próximos do que no macho (à direita). |
Adulto ou filhote?
Curiosos e brincalhões, os filhotes seduzem e enternecem com
frequência mais do que os gatos adultos. Eles também exigem maior atenção, por
exemplo, um grande número de pequenas refeições diárias durante o período de
crescimento e vigilância constante em suas “explorações”. Um gatinho poderá se
apegar mais a seu dono, que lhe dará uma educação sob medida.
O gato adulto é em geral mais asseado e atento aos riscos
que podem esperá-lo fora de casa. Também não é mais necessário dar-lhe atenção
permanente. Contudo, o novo ambiente às vezes tem efeito desestabilizador: um
bom acolhimento e um pouco de educação garantem a integração à vida no lar.
Adotar um gato adulto pode ser uma recomendação excelente para pessoas idosas.
Qual gatinho escolher numa ninhada?
Espere o gatinho ter alcançado cinco semanas para acolhê-lo
em sua casa. A idade de oito semanas é considerada a ideal para ele se apegar
tanto à casa como a seu dono. Claro, muitos levam em conta a personalidade e o
comportamento que os gatinhos demonstram naquele momento, mas é importante ter
em mente que a adaptação do seu felino dependerá não somente dele, como
principalmente da educação que você o dará.
Pelos longos ou curtos?
Se você acha que terá pouco tempo para se ocupar de seu
gato, evite escolher um de pelo longo, que será necessário escovar por muito
tempo, diariamente, e que perde os pelos em almofadas e tapetes. Gatos de pelo
curto suportam mais o calor do que os persas de pelo longo e sedoso. E é raro
seu pelame provocar uma grave reação alérgica no homem.
À esquerda minha persa de pelos longos (Linda), e à direita minha SRD de pelos curtos (Lilly). =D |
Um ou vários gatos?
O gato se acomoda muito bem à vida sozinho na
companhia de seres humanos. A ausência prolongada de todos os membros da
família durante o dia pode, contudo, incitar um gato solitário a se aborrecer e
a entregar-se a comportamentos inadequados. Se você quiser de cercar de vários
gatos, escolha-os jovens e crie-os juntos. Um segundo gato, acolhido
tardiamente no lar, pode ser rejeitado pelo habitante mais antigo. Porém, na
maioria das vezes, depois de algumas semanas e várias “sessões de ódio
explícito”, tudo vira convívio harmonioso.
Na próxima postagem mais dicas sobre onde encontrar o seu companheiro seja de raça ou SRD estarão disponíveis!
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