As vibrissas são órgãos sensoriais próprios de certos
animais, principalmente dos mamíferos. São prolongamentos de pelos queratinosos
que transmitem vibrações aos órgãos sensoriais situados na base. Essas
vibrissas vão desde os bigodes até as sobrancelhas e os pelos nas pontas das
orelhas.
Os gatos geralmente possuem uma dúzia de bigodes, que se
localizam em quatro fileiras sobre os lábios superiores, alguns nas bochechas,
e outros fios sobre os olhos e o queixo. Os fios mais elevados têm uma
movimentação independente, diferente dos inferiores, para obtenção de medições
ainda mais precisas.
Localização dos fios sensoriais |
Para os gatos, assim como para grande parte dos felinos, as
vibrissas lhes permitem avaliar variações do ar em um ambiente próximo. Assim,
durante a noite, essas diferentes variações, permitem ao gato detectar qualquer
objeto que passa próximo dele.
Por quê são tão importantes?
As vibrissas dão ao gato capacidade de previsibilidade quase
infalível. Elas são totalmente sensíveis ao ar, o que lhes permite sentir o
tremular da terra, um temporal, a chegada de uma tempestade ou acontecimentos
que provocam variações ínfimas, mesmo que eles não aconteçam definitivamente.
Esta particularidade explica por qual motivo o gato ocasionalmente tende a
correr como um louco quando não há razão aparente.
Com o órgão de Jacobson (odor e gosto) e as patas
almofadadas (tato), as vibrissas constituem o terceiro órgão de importância
para os felinos e a quarta é a visão. Portanto, o gato não precisa de sua
língua ou de seus olhos para caçar, pois as vibrissas lhe aportam todas as
informações sobre o ar, hormônios, orientação do vento, a pressão do ar, a
força do vento. As vibrissas lhes informam sobre a proximidade de presas ou de
seus congêneres.
Aparar bigodes. Certo ou errado?!
O biólogo Guilherme Domenichelli, do Zoológico de São Paulo,
avaliou que o posicionamento dos bigodes também indica o estado de humor do
animal, como tranquilidade e postura defensiva ou agressiva, quando estiverem
mais colados à cabeça.
Para o biólogo, diferentemente dos felinos selvagens, os
bigodes não fazem tanta falta ao gato doméstico. “O animal de estimação é bem
cuidado e pode tranquilamente sobreviver sem os fios, até porque ele cresce
rapidamente”, completa. Assim como o cabelo dos seres humanos, o bigode do gato
cresce, em média, mais de 1 cm por mês. Claro que isso não significa que
podemos cortá-los, até porque a perda desses fios pode ser dolorosa e
dependendo dos danos causados, como por exemplo, pelos queimados até a base,
nem sempre crescem novamente.
Sphynx, o gato "sem pelos" |
Algumas raças de gatos criadas pelo homem em laboratório, a
partir de cruzamentos, não possuem pelos pelo corpo e podem não apresentar os
fios sensoriais, como é o caso do Sphynx.
Já os tigres são os felinos que
possuem os maiores bigodes e também os mais grossos.
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