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terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Comportamento Sexual dos Felinos

Quem nunca reclamou ou já ouviu alguém se queixar do quanto alguns gatos são barulhentos e brigam em cima do telhado quase todas as noites? Pois é, essas "brigas" nem sempre são por disputa de território ou por simples implicância entre eles. Na verdade, todo esse "barulho" são os chamados cantos de corte e fazem parte do comportamento sexual natural dos felinos. Todo o processo de cruza ocorre basicamente em 3 atos:

1) Disputa entre machos:
Em seu período de receptividade sexual, a fêmea emite substâncias que atraem o macho, os feromônios sexuais. Essas "armas" químicas em conjunto com os cantos em coro, provocam a chegada dos machos, que logo entram em competição pela atenção da fêmea. As posturas de ameaça constituem  de orelhas achatadas para trás e pelo eriçado, rosnados e jatos de urina, além de patadas com garras à mostra. Muitas vezes durante a disputa um outro macho que não participa do combate, aproveita para cruzar com a fêmea disputada. Ela aceita todos os machos disponíveis, favorecendo assim uma grande diversidade genética de sua progênie.

2) A corte:
De início, ela reage à aproximação do vencedor com gestos ameaçadores. Ela lança patadas, com orelhas para trás e rosna. Quando o macho se aproxima muito, a gata lança um grito estridente e assustador. Essa fase pode durar até 10 minutos e o macho muitas vezes precisa recuar vários metros. Quando a fêmea decide aceitar o macho, ela se deixa aproximar, farejar e até mesmo lamber. Finalmente, ela se vira e exibe o traseiro, colocando o rabo de lado.

3) Acasalamento:
Ao se aproximar o macho agarra a fêmea com força, pela pele do pescoço, com os dentes. A mesma emite um grito agudo característico. O macho aperta sua presa após cada ejaculação, esta se repete de 2 a 5 vezes, em média. O tempo da cópula não passa de 3 a 4 minutos, pode até ser mais rápido, se o macho for experiente. Ao fim da cobertura, a maior parte das fêmeas expulsa logo o macho, cuja presença elas não mais suportam. Assim, ambos começam a fazer sua higiene.


Curiosidade: Nascidos da mesma mãe, mas de pais diferentes!!!

A multipaternidade é corrente no gato que vive em liberdade, dando nascimento a ninhadas heterogêneas. A fêmea pode, em média, realizar até 7 cópulas. Essa diversidade genética pode proteger os gatinhos contra o infanticídio (quando a mãe mata os filhotes logo após o parto, ou alguns dias depois do mesmo), que certos machos não hesitam em praticar contra filhotes de um outro pai, mas esse comportamento é raro.

E se a cruza for planejada?

Primeiramente é importante manter anotado os dias exatos em que a gata entrará no cio, para que o manejo seja bem sucedido, evitando maior estresse tanto para a fêmea quanto para o macho. Também é sempre aconselhável que a fêmea seja deslocada para o cruzamento, de forma que o macho permaneça em seu ambiente familiar. Além disso, entre os gatos de pelo longo como o persa, convém cortas os pelos da zona genital para evitar qualquer incômodo mecânico. Outro ponto muito importante nesses casos, é que ambos (macho e fêmea) estejam com vacinas e vermifugação em dia, para evitar qualquer transmissão de doenças infecciosas na hora do contato.
Após a possível cruza, é sempre importante levar sua gatinha ao médico veterinário para o diagnóstico definitivo de prenhez através de um exame de imagem, como o ultrassom, assim como manter um acompanhamento com o médico durante todo o período gestacional, para garantir um parto mais seguro e o bem estar da mãe o dos filhotes!

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