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sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Síndrome da Hiperestesia Felina (SHF)

Etiologia


   A Síndrome da Hiperestesia Felina (SHF), também conhecida como síndrome do gato nervoso, é uma patologia rara dos felinos, a qual não se sabe ao certo a causa (etiologia ainda desconhecida). Alguns creêm que pode estar associada a condições neurológicas, sendo um tipo de epilepsia (dor neuropática), visto que alguns pacientes chegam a ter crises convulsivas após os episódios, já outros acreditam ser um problema apenas comportamental (transtorno obsessivo compulsivo), além da associação também com problemas dermatológicos e ortopédicos. Também não se sabe se pode ter uma base genética, mas certas patologias prévias podem levar à hiperestesia e é necessário realizar diagnóstico diferencial das mesmas antes de fechar o diagnóstico da síndrome.

Fisiopatologia

   A explicação dos que definem a causa da doença como um comportamento obsessivo é de que fatores ambientais possam desencadear um episódio através da estimulação do hipotálamo e do sistema límbico. Estes últimos por sua vez, ativam a atividade motora através dos gânglios basais. Os neurotransmissores envolvidos são: a dopamina (níveis elevados aumentam a frequência do comportamento compulsivo), opióides, serotonina (níveis reduzidos da mesma diminuem o comportamento compulsivo e por isso alguns gatos respondem bem ao uso de fármacos que são inibidores seletivos da recaptação da serotonina).

Sintomas

Região lombar é a mais sensível
   Os mais observados são: episódios de perseguição da cauda, lambedura ou mordedura excessiva em região lombar, anal ou cauda, tremulação da pele, espasmos/fasciculações musculares, vocalização não usual, correr ou pular incontroladamente e midríase. Este comportamento pode ser induzido quando a região lombar é levemente tocada, sendo observado com mais frequência no período da manhã ou no final da tarde.

ATENÇÃO: É importante não confundir animais mais agitados ou assustados, com animais que de fato possuem a síndrome, por isso a importância de uma boa investigação junto ao médico veterinário!

Diagnóstico

   É importante realizar um exame físico e neurológico completo, além de exames laboratoriais complementares e radiografia de coluna vertebral. O diagnóstico geralmente é realizado por exclusão. No diagnóstico diferencial devem ser descartadas doenças dermatológicas, doenças neurológicas e doenças musculares.

Tratamento

   O tratamento geralmente inclui um componente comportamental na tentativa de diminuir estresse e ansiedade que o gato possa estar vivenciando, através da criação de um ambiente estável (enriquecimento ambiental). A medicação mais adequada para cada caso vai depender da avaliação criteriosa do médico veterinário responsável pelo caso clínico, muitas vezes acontece de serem associadas mais de uma medicação. Nunca deve-se esquecer de realizar tratamento para controle de pulgas antes de iniciar o tratamento farmacológico oral.

   A manutenção desses medicamentos pode ser realizada por 4 a 6 meses, a dose pode ser diminuída gradualmente (redução de 25% a cada uma ou duas semanas) até o desmame completo. No entanto, em alguns casos o uso contínuo do medicamento pode ser necessário e inevitável. Caso estejam sendo combinados mais de um medicamento o desmame deve ser realizado separadamente, para determinar com mais facilidade qual deles é responsável pela melhor redução dos sintomas. O prognóstico é reservado e depende da evolução da doença. Porém, a progressão da doença não é comum, e uma vez controlada, o prognóstico se torna favorável.

Fontes: affinity-petcare.com/vetsandclinics

treevet.com/blog/12-sindrome-da-hiperestesia-felina

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