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sábado, 21 de julho de 2018

5 Sentidos Felinos: Visão

   Cego ao nascer, entre 7 e 12 dias o filhote abre as pálpebras e adapta a forma de sua pupila às variações de intensidade luminosa. Mas apenas em torno do quarto mês a cor de seus olhos se fixa completamente.
   As informações visuais verdadeiramente significativas para o gato são a rapidez de deslocamento do objeto e sua luminosidade - ele pode ver objetos se deslocando a 144m/hora e distinguir diferenças de luminosidade de 10 a 12%. Quando um gato percebe um objeto, de início ele vê o tamanho, a luminosidade e os contrastes, depois a forma global. Essa percepção apurada é muito importante para ele em seu comportamento predatório.
   Sua acuidade visual é menos desenvolvida do que a nossa, pois a acomodação não é satisfatória. Atualmente, considera-se que os gatos que vivem em casa são míopes, enquanto os gatos errantes são hipermetropes. O gato tem necessidade de ficar sete vezes mais perto do que nós de um objeto para vê-o bem: por isso ele gosta tanto de nos olhar de perto.
   Os olhos do gato estão posicionados em um plano relativamente frontal e anterior, o que lhe confere, por superposição dos campos visuais de cada olho, boa visão estereoscópica (boa apreciação das saliências), de 100 a 130 graus. Seu campo visual total é levemente superior ao nosso: de 200 a 280 graus, contra 160 graus do homem.

A PUPILA

Pupila em midríase e miose
   Se o conjunto da conformação do globo ocular não é específico do gato, a forma da pupila e a zona retiniana são. A forma da pupila é devido à contração (miose) ou à dilatação (midríase) da íris, cujos pequenos músculos, circulares e radiais, adaptam-se à intensidade luminosa por um mecanismo de reflexo. Na penumbra, os músculos radiais se contraem dilatando consideravelmente a pupila e reduzindo a íris a uma fina orla colorida. Na luz intensa, os músculos circulares se contraem, reduzindo a pupila a uma fenda vertical muito fina e mostrando a íris, que revela então toda a sua riqueza colorida. Esse mecanismo permite ao gato não só jamais ser ofuscado, mas também e, principalmente, aproveitar a mais fraca percepção luminosa na penumbra para ver seu ambiente. Entretanto, colocado em câmara escura, o gato não vê, contrariamente ao que se imagina. Em compensação, ele se localiza muito melhor do que nós graças a seus bigodes (vibrissas).

A RETINA

   A percepção visual apurada é acentuada por uma retina muito rica em células, em bastonetes e revestida de uma área particular que reflete a luz. O gato possui muito mais células em bastonete (responsáveis pela visão crepuscular em preto e branco) do que células em cone (responsáveis pela percepção de cores), por isso se costumava dizer que o gato não via as cores. De fato, embora ele distinga as cores muito menos bem do que o homem, é exagerado pretender que ele só veja em preto e branco; sua percepção vai do azul-violeta ao amarelo. De qualquer modo, uma visão notável na penumbra é muito mais importante para um caçador noturno do que uma percepção imperfeita das cores. Assim, o gato tem necessidade de uma luminosidade seis vezes mais fraca do que nós para obter uma imagem nítida. A retina do gato tem ainda a particularidade de ser revestida, atrás das células sensoriais, por uma camada pigmentar que reflete a luz; isso explica por que os olhos do gato brilham à noite, bem como por que ele enxerga bem: um mesmo raio luminoso passa duas vezes sobre as células sensoriais.

O GLOBO OCULAR

   É protegido pelas pálpebras superior e inferior, que dão ao olho sua forma amendoada. Há também uma terceira pálpebra (membrana nictitante), que aparece mais ou menos no ângulo interno do olho. Os olhos, junto com as pálpebras, são umedecidos permanentemente pelas lágrimas produzidas por uma glândula situada sobre o bordo dorso-lateral da órbita e expelidas para as cavidades nasais pelos canais lacrimais, cuja origem está no ângulo interno do olho. A obstrução desses canais (frequente no gato persa) provoca uma secreção que escurece progressivamente a pelagem sob o olho, tornando-se com muita frequência uma base para infecções, por isso a importância de uma limpeza regular (podendo ser semanal) com solução fisiológica e algodão da região periocular nessas raças.
 
Nas raças braquicefálicas a drenagem lacrimal é comprometida pela anatomia do focinho, necessitando de um cuidado maior para evitar problemas de infecção.


   Então é isso, e na próxima postagem concluiremos o quadro dos 5 sentidos falando do tato e da audição dos felinos. Não deixem de seguir também o insta do blog @felinewsblog para ficar por dentro de outras postagens e dicas! ;)

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