- O miado, emitido com a boca aberta, vocalização de chamada;
- O uivo, boca fechada, vocalização de cólera;
- O rom-rom (mais explicações no quadro abaixo);
- O rugido, vocalização surda emitida com a boca fechada, quando o gato hesita entre o medo e a cólera;
- Vocalização de chamada do gato que, rolando, solicita insistentemente ou interroga seu dono;
- O rosnado, que expulsa o ar violentamente, boca aberta, vocalização de intimidação (foto ao lato);
- A cusparada, que corresponde a uma espécie de injúria, que escapa ao gato encolerizado, o qual expulsa brutalmente uma grande quantidade de ar da goela;
- Estalos da mandíbula, quando percebe uma presa;
- Vocalização curta, variante do uivo, específica do gato macho não castrado.
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terça-feira, 21 de dezembro de 2021
As linguagens dos Felinos (Parte 1)
quarta-feira, 28 de julho de 2021
Corpo Estranho Linear
Definição:
É um corpo estranho gastrintestinal (GI) que possui um formato linear e pode se alojar no trato GI devido ao seu diâmetro ou composição, ou pode se alojar porque excede o comprimento de uma onda peristáltica (movimento intestinal), que é de cerca de 30cm. A maioria desses corpos estranhos são barbantes, linhas de costura, fitas ou enfeites de árvore de natal. Os materiais desse tipo frequentemente laceram a parede intestinal, resultando em peritonite bacteriana.Diagnóstico:
Sinais clínicos - os gatos com ânsia ou vômitos repetidos por mais de 24h devem ser suspeitos de terem ingerido um corpo estranho linear. A dor abdominal ocorre em muitos gatos, especialmente se ocorrer perfuração do intestino e peritonite.
Exame da cavidade oral - alguns corpos estranhos lineares podem ficar presos ao redor da base da língua. Eles podem ser visualizados pela elevação da língua, pressionando-se o espaço intermandibular com os dedos.
Exames de Imagem - os corpos estranhos lineares finos frequentemente provocam o agrupamento ou pregueamento do intestino delgado. Já os corpos estranhos lineares espessos causam a obstrução sem o pregueamento típico. Estes últimos podem ser suspeitos nas radiografias ou ultrassonografias, mas são muito mais fáceis de serem detectados utilizando-se um contraste positivo. OBS: se houver perfuração intestinal, o bário é contraindicado; deve-se utilizar um contraste à base de iodo ou ioexol.
Raio x mostrando pregueamento de intestino. |
Tratamento:
Cirurgia - é necessária para remover um corpo estranho linear. Pode requerer uma gastrotomia e múltiplas enterotomias. Contudo, uma técnica que requer apenas duas incisões de enterotomia pode ser utilizada em muitos gatos.
Antibióticos - como muito desses gatos apresentam perfuração intestinal, os antibióticos devem ser administrados antes e após a cirurgia. A lavagem peritoneal copiosa com líquidos isotônicos mornos deve ser feita antes do fechamento cirúrgico.
Observações importantes!!!
1) O tratamento sintomático do vômito só irá prolongar e piorar a condição.
2) Alguns gatos têm a propensão de brincar com linhas de costura, barbantes e fitas. Esses itens devem ser removidos do seu alcance para evitar a ingestão futura.
Prognóstico:
É bom se a cirurgia for realizada antes de ocorrer peritonite bacteriana, mas se já houver peritonite, se torna reservado.
segunda-feira, 24 de maio de 2021
Raças da gatos: Gato Doméstico (SRD)
Outros nomes: Gato comum, gato de casa, sem raça definida.
Retrato: Muito conhecido de todos e de longe o mais popular, o gato pode ter todos os tipos, todas as pelagens, todas as cores, segundo sua ascendência. Pode ter tipo europeu ou oriental, seu pelo pode ser curto ou longo.
Caráter: Inteligente, curioso, independente, mas também terno e ronronante.
Cuidados: Escova-se o gato de pelo curto pelo menos uma vez por semana, o de pelo longo, 2 a 3 vezes.
Origem e história
Os termos "bastardo" (animal que tem apenas um dos pais de raça) e "sem raça definida" (nenhum dos pais é de raça), de uso corrente entre os criadores de cães, não tem equivalente entre os criadores de gatos. Talvez isso seja devido ao fato de que uma população de gatos domésticos comuns, por causa de sua relativa homogeneidade, tenha sido muito cedo considerada uma raça, como aconteceu com o Chartreux e o Angorá.
Com o surgimento da moderno felinicultura, no século XIX, a palavra "raça", no sentido "estético" do termo, só passou a ser atribuída às populações felinas objeto de uma criação seletiva, munidas de um padrão e reconhecidas pelas associações felinas. Para se adaptar a esse novo conceito, uma parte dos gatos domésticos teve que atender a exigências para adquirir seus títulos de nobreza. Mas as coisas ocorrem num ritmo diferente em cada país. Assim, o gato doméstico comum deu origem diretamente à raça do British shorthair no final do século XIX, na Grã-Bretanha, depois ao American shorthair no EUA, em 1961, e ao Europeu de pelo curto na França, em 1983.
Mas o grosso da população felina - cerca de 10 milhões de exemplares na França - é constituído por gatos comuns. Em relação a seus homólogos "enobrecidos", esses gatos comuns em geral não atendem às exigências dos padrões aos quais deveriam corresponder: a cor dos olhos é misturada, a combinação entre a cor dos olhos e a pelagem não é muito harmoniosa, os desenhos das pelagens são irregulares, a morfologia geralmente está em desacordo com o padrão em alguns aspectos, etc. Assinalemos, porém, que os laços entre os gatos de raça e os vira-latas não estão completamente rompidos.
Uma última observação deve ser feita relativa aos riscos de "pirataria". De fato, alguns gatos comuns tiveram em sua ascendência um ou vários gatos de raça. Assim, encontram-se gatos comuns com pelagem azul, outros com pelo semilongo ou longo, ou ainda com a pigmentação e os olhos azuis típicos do colourpoint. Mas é preciso tomar cuidado, pois não se trata respectivamente de Chartreux, de Gatos das florestas norueguesas, de Angorás ou Siameses. Entretanto, às vezes, é preciso admitir que a concordância com os padrões das raças em questão pode ser perturbadora. Em última instância, apenas a existência e a análise do documento oficial que constitui o pedigree permitirão discernir com clareza e genealogia do gato em questão. O gato doméstico não está inscrito no LOOF.Fonte: Larousse do gato e do gatinho, 2ª ed., 2010.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021
Toxoplasmose x Gravidez
Apesar de ser uma zoonose importantíssima, é uma doença deixada um pouco "em segundo plano" na rotina clínica veterinária, pois não chega a ser a mais prevalente na nossa rotina de medicina felina, porém a mesma assusta muito as gestantes em especial, pois muitas são aconselhadas pelos seus médicos, nesse período, até mesmo a "se livrarem" dos seus felinos por conta dos riscos, quando na verdade a falta de informação também prevalece muito, não só das gestantes, como dos profissionais que as acompanham.
O ideal seria que os mesmos, encaminhassem suas pacientes, juntamente com seus felinos para uma avaliação também com o médico veterinário, que é o profissional mais adequado para explicar de fato todo o ciclo da doença, inclusive o papel dos felinos nesse ciclo, mostrando que não é necessário se desfazer do seu pet para estar livre dos riscos, mas sim ter os cuidados necessários para evitar a contaminação.
ETIOLOGIA:
É causada pelo protozoário Toxoplasma Gondii e constitui uma importante zoonose, pois pode causar sérios danos aos fetos de humanos e animais. Os felídeos são o ponto-chave da epidemiologia, pois são os únicos hospedeiros onde ocorre a reprodução sexuada do parasito (hospedeiros definitivos), resultando na formação de oocisto que são eliminados pelas suas fezes. Normalmente esse parasita não causa sinais clínicos, porém pode causar doença severa na sua forma congênita, levando a problemas no sistema nervoso central e retina dos fetos, por isso o medo das gestantes que criam gatos ou cães.
TRANSMISSÃO (CICLO):
Pode ocorrer de 3 formas:
1) Ingestão de tecidos de animais infectados, contendo cistos, como carnes cruas ou mal cozidas (fonte de infecção primária nos felinos);
2) Ingestão de oocistos eliminados nas fezes do gato, os quais as baratas, moscas e minhocas podem transportar esses oocistos (fonte de infecção para os hospedeiros intermediários - homens e outros animais);
3) Infecção congênita, transplacentária, que pode ser causa de aborto, natimorto ou mortalidade neonatal.
Os gatos são conhecidos como hospedeiros definitivos porque é a única espécie que completa o ciclo êntero-epitelial e elimina oocistos no ambiente. Esse oocisto presente nas fezes demora 1 a 5 dias para esporular, ou seja, para os tutores que limpam as caixas de areia frequentemente e seguindo as regras básicas de higiene, os riscos de contaminação são menores, pois somente após 24h ou mais que as fezes estejam no ambiente, esses oocistos irão esporular (se tornando infectantes).
INFECÇÃO E SINAIS CLÍNICOS:
Na maioria dos casos o hospedeiro sobrevive e há produção de anticorpos. A infecção em hospedeiros definitivos ou intermediários ocorre comumente, mas os sinais clínicos são raros. Quando presentes, os sinais dependem do quadro imune do animal, número de microorganismos ingeridos, e se existe, ou não, uma afecção concomitante. Essa doença é mais reconhecida clinicamente nos gatos, do que nos cães, mas os sintomas são semelhantes em ambas espécies. Os órgãos mais comumente afetados em gatos são os olhos e pulmões.
DIAGNÓSTICO E PREVENÇÃO:
O diagnóstico sorológico é o principal meio de diagnóstico da infecção recente ou ativa. O ELISA é amplamente utilizado. A prevenção da infecção depende da exposição de cães e gatos a carne mal cozida ou crua. Visto que os gatos só eliminam oocistos por 1 a 2 semanas após tornarem-se infectados, e visto que a maioria dos gatos são minuciosos nos seus hábitos de limpeza, assim como os tutores também devem ser, a exposição a oocistos infectantes NÃO É A FONTE MAIS IMPORTANTE de infecção para gatos, cães ou homens.
Referência: Toxoplasmose em cães e gatos, Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária, Julho de 2008.
sexta-feira, 27 de novembro de 2020
Síndrome da Hiperestesia Felina (SHF)
Etiologia
Fisiopatologia
A explicação dos que definem a causa da doença como um comportamento obsessivo é de que fatores ambientais possam desencadear um episódio através da estimulação do hipotálamo e do sistema límbico. Estes últimos por sua vez, ativam a atividade motora através dos gânglios basais. Os neurotransmissores envolvidos são: a dopamina (níveis elevados aumentam a frequência do comportamento compulsivo), opióides, serotonina (níveis reduzidos da mesma diminuem o comportamento compulsivo e por isso alguns gatos respondem bem ao uso de fármacos que são inibidores seletivos da recaptação da serotonina).
Sintomas
Região lombar é a mais sensível |
ATENÇÃO: É importante não confundir animais mais agitados ou assustados, com animais que de fato possuem a síndrome, por isso a importância de uma boa investigação junto ao médico veterinário!
Diagnóstico
É importante realizar um exame físico e neurológico completo, além de exames laboratoriais complementares e radiografia de coluna vertebral. O diagnóstico geralmente é realizado por exclusão. No diagnóstico diferencial devem ser descartadas doenças dermatológicas, doenças neurológicas e doenças musculares.
Tratamento
O tratamento geralmente inclui um componente comportamental na tentativa de diminuir estresse e ansiedade que o gato possa estar vivenciando, através da criação de um ambiente estável (enriquecimento ambiental). A medicação mais adequada para cada caso vai depender da avaliação criteriosa do médico veterinário responsável pelo caso clínico, muitas vezes acontece de serem associadas mais de uma medicação. Nunca deve-se esquecer de realizar tratamento para controle de pulgas antes de iniciar o tratamento farmacológico oral.
A manutenção desses medicamentos pode ser realizada por 4 a 6 meses, a dose pode ser diminuída gradualmente (redução de 25% a cada uma ou duas semanas) até o desmame completo. No entanto, em alguns casos o uso contínuo do medicamento pode ser necessário e inevitável. Caso estejam sendo combinados mais de um medicamento o desmame deve ser realizado separadamente, para determinar com mais facilidade qual deles é responsável pela melhor redução dos sintomas. O prognóstico é reservado e depende da evolução da doença. Porém, a progressão da doença não é comum, e uma vez controlada, o prognóstico se torna favorável.
Fontes: affinity-petcare.com/vetsandclinics
treevet.com/blog/12-sindrome-da-hiperestesia-felina
segunda-feira, 28 de setembro de 2020
Raças de gatos: Ragdoll
Retrato: Gato excepcionalmente grande e pesado, de pelagem semilonga.
Bicolor blue point |
Caráter: Temperamento equilibrado.
Sinais particulares: Quando alguém o leva para o colo, esse gato relaxa completamente, não importa em qual posição; daí seu nome ragdoll ("boneca de pano" em inglês).
Cruzamentos autorizados: unicamente entre ragdolls.
Cuidados: A pelagem exige pouca manutenção. Entretanto, em período de muda, uma escovação frequente é necessária para eliminar o pelo morto.
Morfologia
É um felino de porte grande, os machos podem pesar de 6 a 8kg, e as fêmeas de 4 a 5kg. Sua morfologia é de tipo mediolíneo com tendência brevilínea. Apresenta peito profundo e ossatura forte. As patas posteriores são mais altas do que as anteriores. A cabeça, de tamanho médio, forma de frente, um triângulo de contornos bastante arredondados, prolongado por orelhas médias. Olhos grandes e ligeiramente ovais, são sempre de um azul-escuro intenso, característico dos mantos colourpoint. A pelagem é semilonga, mais curta na face. A textura é sedosa e macia. O subpelo é médio, pelucioso.
Origem e história
É um gato de pelo semilongo de tipo colourpoint (isto é, com um manto que se assemelha ao do siamês) e caracterizado por um tônus muscular particular em relação ao dos outros gatos. Essa raça foi desenvolvida na década de 1960 por uma criadora da Califórnia, Ann Baker, a partir de mestiçagem entre o persa branco e o gato sagrado da Birmânia seal point. O acaso e, sem dúvida, a seleção, fizeram os animais dessa raça ficar com o tônus muscular muito baixo, de modo que eles são capazes de relaxar completamente. Essa particularidade está na origem de uma fábula segundo a qual os ragdoll seriam os descendentes de uma gata persa ferida em um acidente, sendo o traumatismo sofrido pelo animal o responsável pelo tônus muscular menor da raça e também por sua insensibilidade à dor. Bem entendido, essa fábula não tem nenhum fundamento biológico e o ragdoll não é insensível à dor!
Embora bastante popular na Califórnia, o ragdoll teve algumas dificuldades para se impor no restante dos Estados Unidos, onde ele é, no momento, reconhecido pela CFA. Já era muito conhecido em outras partes do mundo como o Japão, Austrália e Europa. Nesta, e graças a ardentes defensores alemães, o ragdoll foi reconhecido, em 1992, pela Fife. Na Grã-Bretanha, foi reconhecido em 1987 pelo GCCF. Na França, o ragdoll chegou em 1986 e foi reconhecido pelo LOOF. No Brasil, há poucos criadores dessa raça.
Variedades
O padrão reconhece 3 variedades segundo a repartição das zonas pigmentadas sobre o manto:
1) O colourpoint - essa variedade apresentra o manto de tipo siamês, com uma pigmentação intensa somente nas extremidades. Parece muito com o balinês, um tipo de siamês de pelo semilongo;
2) O enluvado (mitted) - mostra uma despigmentação da extremidade das 4 patas. Apresenta também frequentemente uma estrela branca na face;
3) O bicolor - apresenta uma extensão de branco nas 4 patas e na face, onde aparece um "V" invertido característico. O padrão reconhece, para cada uma dessas 3 categorias, 4 variedades de cores nas zonas pigmentadas: negro (seal point), chocolate (chocolat point), azul (blue point) e lilás (lilac point).
Variação colourpoint |
Concursos
Qual outra cor dos olhos além do azul, um manto curto, manchas brancas no colourpoint, ausência de queixo branco nos enluvados, manchas escuras na máscara branca dos bicolores, acarretam desqualificação.
Fonte: Larousse do gato e do gatinho, 2ª ed., 2010.
sábado, 18 de julho de 2020
Práticas ou Manejo Cat Friendly
Essas práticas são uma série de recomendações, instituídas pela American Association of Feline Practitioners, para tornar o tempo no veterinário menos traumático para os gatos e seus tutores, ao mesmo tempo que garantem um atendimento de qualidade e específico para felinos. Hoje já existem muitas clínicas especializadas somente em felinos, mas mesmo as clínicas mistas, podem e devem adotar essas práticas como forma de melhorar seu atendimento e gerar uma experiência positiva para tutores e pacientes.
Em primeiro lugar o clínico deve lembrar-se sempre que existem 3 tipos de pacientes:
1) Os mansos demais, que não importa a manipulação, vão estar sempre tranquilos;
2) Os bravos demais, que mesmo com todos os cuidados e respeitando o passo a passo do manejo, ainda assim pode responder de forma nada amigável, sendo nesses casos, necessário pensar em contenção química, para evitar maiores acidentes com o paciente e toda equipe;
3) Os assustados com a situação, que podem reagir de 2 formas, congelando ou atacando.
O manejo começa no TRANSPORTE, que é uma das etapas mais estressantes para o gato, pois ocorre um excesso de estímulos visuais, olfatórios e auditivos ameaçadores, e principalmente por ele estar saindo do seu ambiente de segurança. Sendo assim, algumas dicas para amenizar esse estresse são:
1) Não tornar a caixa sinônimo de ameaça, fazer uma familiaridade entre o gato e a mesma;
2) Uso do Feliway (feromônio artificial), que pode ser colocado na caixa pelo menos 20 minutos antes de ser utilizada pelo gato;
3) Diminuir estímulos visuais e auditivos, utilizando toalha para tampar a caixa e mantendo o carro com as janelas fechadas;
Em seguida, vamos para a SALA DE ESPERA, que de preferência deve ser totalmente separada por espécie, pois isso diminui o sentimento de ameaça, diminui estímulos olfativos, visuais e auditivos, diminuindo assim o estresse e a agressividade. Claro que nas clínicas especializadas para felinos, esse passo não será um problema, já nas clínicas mistas, deve-se fazer o possível para realizar essa separação da melhor forma.
A próxima etapa é o ATENDIMENTO CLÍNICO em si, onde também é importante respeitar um passo a passo que minimize o estresse:
1) Dar tempo para o gato. Abra a caixa e o deixe sair no seu tempo, faça a anamnese enquanto ele se adapta ao consultório, deixe que ele tenha contato visual com o tutor;
2) Durante a avaliação física, evite contato visual direto com o paciente, pois predadores olham a presa no olho antes de atacar e isso pode deixá-los intimidados;
3) Não sorria para o paciente e nem faça sons como "psi", pois predadores mostram os dentes para a presa, e o som pode lembrá-lo de outro gato "riscando fósforo" (como muitos dizem) para ele, o que é uma ameaça;
4) NÃO faça contenção pela pele do pescoço!! Use toalha em caso de contenções, o paciente se sente mais seguro, além de fornecer mais segurança também a sua equipe (como por exemplo, durante a coleta de sangue);
5) Faça sempre a consulta onde for mais confortável para o paciente;
6) Utilize também o feliway nesses casos, seja nas tomadas (aspersores) ou no jaleco (spray);
E por fim, essa práticas também devem ser utilizadas na INTERNAÇÃO, que depois do transporte, seria a etapa mais desconfortável para muitos pacientes, por terem que ficar uns dias longe de casa:
1) Deve-se diminuir as sensações ameaçadoras assim como nos outros ambientes, de preferência a internação deve ser exclusiva para gatos;
2) As mesmas práticas do atendimento podem ser utilizadas, assim como o uso dos feromônios, o uso de objetos com o cheiro dos mesmos (como mantas) também ajudam muito;
3) O ambiente deve ser climatizado e de preferência manter-se as luzes baixas;
4) Sempre colocar caixas sanitárias nos gatis;
5) Lavar as mãos e trocar o jaleco entre a manipulação do cão e do gato (nas clínicas mistas);
6) SEMPRE respeite a situação individual de cada paciente!!!
Espero que tenham gostado e não deixam de seguir o insta do blog @felinewsblog para ficar sempre por dentro de mais dicas e das novas postagens.;)